Uma consequência de se estar frequentemente correndo contra o tempo – como é o meu caso – é sentir uma certa ansiedade que não se sabe nem de onde vem.
Deve ser uma ansiedade parecida com a de ler um livro sem ter ideia de quantas páginas ele tem:
Letra:
Não vou desperdiçar Esse dom que a vida me deu De me estropiar o quanto eu quiser Desde que o azar seja só meu Quem não está na minha pele Acha que eu forço a garganta Mas cantar não é difícil Ficar calado é que cansa Me disseram que eu só ia chegar Até os 45, e olhe lá Se for, isso é mais um motivo Pra abrir um belo de um sorriso A cada volta que o mundo dá Não quero me gabar Não foi pra isso que eu vim Mas, se bobear, ainda vou estar aqui Muito depois do fim Confio no meu taco Mais do que na minha fé Quem sabe quando a montanha Vai se mover por Maomé? Mas não entendo como aconteceu De me confundirem com um filisteu Só porque eu tenho o olho grande E o nariz mais redondo Que uma bola de bilhar? Quem sou pra me portar Como um herege exemplar? Não falo em nome de ninguém Deus nenhum vai poder negar Minha versão