Teve uma vez uma música que decidi chamar de “Arcos”.
A música em si me agradava; a letra, nem tanto.
Agora que a reescrevi, posso resumir o que sinto numa única palavra: completude.
Pra que falar em anil Violeta, ardósia e bordô Se nem Picasso descobriu O que fazer com tanta cor? Qual a necessidade De saber o ponto exato Em que cada uma deve ficar? Isso é pura falta de fé E sem fé não dá nem pra começar Não sei se você percebeu Mas os pincéis que você tem São iguaizinhos aos meus É a mesma marca, meu bem Qual a sua desculpa Pra não ver o que eu vejo? Olha só pra esse céu ao seu redor O trabalho é o mesmo Pra todo e qualquer desejo Desde o menor até o maior Com certeza você já duvidou Dessa tal de realidade Então, me diz, Quem você pensa que eu sou: Um homem ou um avatar? Você já tem ao seu dispor Tudo que alguém pode querer Pra ser um ótimo pintor: Conhecimento, poder E amor